lar, doce lar? ou: macacos, me mordam.
Quando um sentado está debruçado sobre os livros, o que me resta senão a velha rede chapada de recordações? Vocês podem me perguntar sobre qualquer questão psicológica e a resposta será sempre a mesma: sei lá, procura alguém especializado pra falar sobre o assunto.
Tenho um teto de concreto pintado de branco e queria ver um monte de tijolinhos com uma arandela ambientando. A luz da minha casa é de necrotério. Essas lâmpadas frias são um descaso para com a imaginação. Essas lâmpadas são insuportavelmente necessárias pra economizar na conta de energia e para os outros da casa lerem. Eu sempre vou preferir a luz de velas. Até pra ler e por que não? Ah, faz mal à vista! Pois bem, dia desses conheci uma dessas moças que moram na rua e ela estava lendo em frente ao cemitério da consolação numa completa penumbra. Sem vela e sem poste. E eu perguntei se não doíam os olhos dela e ela disse: graças a Deus minha vista é perfeita. Então, não se iludam com as luzes.
Gosto de beber água em caneca de alumínio. Quanto a esse material brilhoso, só gosto das canecas, mesmo. O resto acho dispensável. Se bem que bacia de alumínio é linda à beça.
Detesto não querer fazer absolutamente nada no dia de hoje. Pensei que hoje fosse amanhã, saca? Sei lá, achei mesmo e quando vi que não era, fiquei deslocada.
Preciso ir ao dentista urgentemente. Ando beijando e estou com cárie, eu acho, embora não as veja e não sinta dor de dente. Eu nunca senti dor de dente. Quando eu era mais nova eu me lembro da minha mãe colocando xilocaína no cotonete e me dando pra passar na gengiva. Mas não lembro o porquê, talvez porque não me lembre da dor. E eu acho que era xilocaína.
Dia desses um moço me conheceu e disse que me adora. Será? Sabe, eu fico com preguiça de investir, de me apaixonar. Treinei tanto o desapego que nem me apego pra desapegar. Tá tudo bem líquido, como diria Hilda Hilst ou o meu amigo Bakuna. Mas parece que com o moço vai rolar um afeto apegante desgrudado. Ainda bem que ele se locomove sobre rodas sem motor. Chega mais rápido, considerando a megatróglopide que é São Paulinho da ex-garoa e do ex-clube de regatas do Tietê.
Um beijo pro time do coração de cada um, inclusive pro ABC de Natal, onde o Papai Noel esqueceu a Mamãe Noel e os jogadores entraram em campo com tudo.
Salve-se quem puder de tanta baboseira, ou se preferirem: baboseira vem de babosa e babosa faz um bem danado pra pele e pros cabelos, recomendo.
Quando um sentado está debruçado sobre os livros, o que me resta senão a velha rede chapada de recordações? Vocês podem me perguntar sobre qualquer questão psicológica e a resposta será sempre a mesma: sei lá, procura alguém especializado pra falar sobre o assunto.
Tenho um teto de concreto pintado de branco e queria ver um monte de tijolinhos com uma arandela ambientando. A luz da minha casa é de necrotério. Essas lâmpadas frias são um descaso para com a imaginação. Essas lâmpadas são insuportavelmente necessárias pra economizar na conta de energia e para os outros da casa lerem. Eu sempre vou preferir a luz de velas. Até pra ler e por que não? Ah, faz mal à vista! Pois bem, dia desses conheci uma dessas moças que moram na rua e ela estava lendo em frente ao cemitério da consolação numa completa penumbra. Sem vela e sem poste. E eu perguntei se não doíam os olhos dela e ela disse: graças a Deus minha vista é perfeita. Então, não se iludam com as luzes.
Gosto de beber água em caneca de alumínio. Quanto a esse material brilhoso, só gosto das canecas, mesmo. O resto acho dispensável. Se bem que bacia de alumínio é linda à beça.
Detesto não querer fazer absolutamente nada no dia de hoje. Pensei que hoje fosse amanhã, saca? Sei lá, achei mesmo e quando vi que não era, fiquei deslocada.
Preciso ir ao dentista urgentemente. Ando beijando e estou com cárie, eu acho, embora não as veja e não sinta dor de dente. Eu nunca senti dor de dente. Quando eu era mais nova eu me lembro da minha mãe colocando xilocaína no cotonete e me dando pra passar na gengiva. Mas não lembro o porquê, talvez porque não me lembre da dor. E eu acho que era xilocaína.
Dia desses um moço me conheceu e disse que me adora. Será? Sabe, eu fico com preguiça de investir, de me apaixonar. Treinei tanto o desapego que nem me apego pra desapegar. Tá tudo bem líquido, como diria Hilda Hilst ou o meu amigo Bakuna. Mas parece que com o moço vai rolar um afeto apegante desgrudado. Ainda bem que ele se locomove sobre rodas sem motor. Chega mais rápido, considerando a megatróglopide que é São Paulinho da ex-garoa e do ex-clube de regatas do Tietê.
Um beijo pro time do coração de cada um, inclusive pro ABC de Natal, onde o Papai Noel esqueceu a Mamãe Noel e os jogadores entraram em campo com tudo.
Salve-se quem puder de tanta baboseira, ou se preferirem: baboseira vem de babosa e babosa faz um bem danado pra pele e pros cabelos, recomendo.
Um comentário:
Ola Carol , conheci os poemas dele no livro Poesia Russa Moderna de Augusto de Campos , Haroldo de Campos e Bóris Schnaiderman
bjo
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