12 de maio de 2008
“Dissoluta dissoluta ingrata”
O homem acusava a moça, simplesmente porque não conseguia enxergar suas próprias fraquezas. Talvez a palavra mais certa não seja “fraquezas”, mas sim algo que seja mais suspenso – ainda não consegui achar a palavra certa – deixemos fraquezas, que neste exato momento pode ser substituída por franqueza. Pode até parecer que muda o sentido daquilo que o homem não conseguia enxergar, mas só parece. De fato ele também era desprovido de franqueza - franqueza com ele próprio – e isso tem sua gravidade. É fácil se suspeitar gravemente de alguém que não reconhece em si mesmo sequer o seu comecinho – quem dirá então... Há que se percorrer um caminho eterno, há que se percorrer um caminho o qual, ao seu final, se vejam coroas de flores e lápides enfeitando a nova morada daquele que alcançou a eternidade no cemitério ou no crematório.
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