21 de julho de 2009

Ando apaixonada pela minha rua.
Ando a cultivá-la com tabaco.
Ando a polinizar o solo.
Ando a sumir em solos de tambores leves.

Ando apaixonada pela minha rua
que possui flores de espécie insegura
que caem amalgamando o piso correto.

(Ainda apaixonada pela minha rua
em cavacos desafinados,
sem mi maltratar)

Ando apaixonada pela minha rua
que insiste a passear sob mim
que nos dias chuvosos abre suas crateras sob mim
que anda sozinha sob mim
que sequer quer insistir e insiste:
que nas cordas de um violão
quem dançam são notas valentes.

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